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VOCÊ SABE QUEM FOI MONTEIRO LOBATO?

VOCÊ SABE QUEM FOI MONTEIRO LOBATO?

No dia 18 de abril de 1882 nascia em Taubaté, São Paulo, José Bento Monteiro Lobato.

Responsável por várias campanhas nacionais em defesa do petróleo, do ferro e da saúde, Monteiro Lobato revolucionou o mercado editorial numa época em que ainda não existia uma literatura voltada para o público infantil e juvenil ao criar sua própria editora e escrever livros voltados para todos os que não tinham acesso à literatura.

Lobato está até hoje nos corações dos brasileiros através das aventuras de uma turma bem alegre e arteira, que adora se meter em grandes aventuras e confusões: a turma do Sítio do Picapau Amarelo.

Sabor de Histórias


Sabor de Histórias


É fato comprovado que a criança tem grande sensibilidade em absorver o meio ambiente,  o que a difere do adulto. Ela sabe o que se espera dela e com um pouco de estímulo passa a comportar-se como o esperado, segundo Jung.
O trabalho de contar histórias para crianças e adolescentes a fim de estimular a leitura  é também um desafio nos dias de hoje, onde a tecnologia concorre de maneira cruel com a escola, sala de aula e os livros tradicionais. Mas como cativar e estimular sem a leitura, sem a contação de histórias?
Contar histórias resgata a fantasia, o lúdico, a brincadeira, a despreocupação, o faz-de-conta. A criança e o adolescente de hoje estão muito presos à realidade imediata. São mini-adultos, exigência do mundo em que vivem.
O ato de contar histórias para os alunos tem mostrado resultados surpreendentes. O momento da contação é aquele em que é possível ver na expressão de cada um o fascínio que cada história exerce. A mágica das letras, o encantamento, a poesia, a musicalidade de cada gesto de uma personagem ou do contador fazem com que o esforço de aprender a ler (compreendendo e descobrindo) e ouvir valha a pena para que possa descobrir e vivenciar cada situação, cada provação de seu herói favorito ou da mocinha desesperada.  Tais provações muitas vezes são verdadeiros espelhos da  vida de cada um, só que sem a grande carga de fantasia típica das histórias, mas um espelho cheio de uma realidade cruel a que muitos são submetidos.
A história contada pode, nesses casos, funcionar como uma válvula de escape ou um conselho e aí, a narrativa tende a ser exemplar. Pode-se dizer que seria o livro certo, no momento certo, para a pessoa certa. É quando a história, ainda que sem intenção, tem um objetivo psicológico, ajudando nossa criança ou jovem ouvinte a resolver conflitos emocionais, as diferenças individuais e comportamentais, por isso é preciso levar a sério a contação de histórias ou recomendação de um livro.
Para contar uma história é preciso saborear a história contada. Com ou sem o apoio do livro, é preciso dar vida à história, usar entonações diferentes, emoção na hora exata, certa dose de suspense e movimento do corpo. Ao obter sucesso com a história, pedirão mais e mais, outras mais. Lerão mais e mais, pois a curiosidade será aguçada, a imaginação vai viajar e a criança, o jovem, vai querer experimentar saborear cada palavra, cada frase lida, ouvida. Claro que a comparação de alguma situação da história com algo acontecido com cada um será inevitável na maioria das vezes. Mas é nessa hora que vamos notar que a fantasia vai voltando à vida de cada um pouco a pouco e é essa a grande emoção. 
Contar histórias, saborear histórias é necessário. Os momentos de roda de histórias são os mais interessantes de qualquer aula em qualquer segmento, em todas as idades, em qualquer matéria. Quem consegue envolver seu público (no caso, os alunos), traz essas pessoas para si. É como saborear um quitute na cozinha de Tia Nastácia, tecer com a Moça Tecelã... Ouvir histórias seria tudo que saberiam fazer, ouvir histórias seria tudo que iriam querer fazer. 

Professora Andréa Duarte
Sala de Leitura Monteiro Lobato, E. M. Rosa Bettiato Zattera







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