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VOCÊ SABE QUEM FOI MONTEIRO LOBATO?

VOCÊ SABE QUEM FOI MONTEIRO LOBATO?

No dia 18 de abril de 1882 nascia em Taubaté, São Paulo, José Bento Monteiro Lobato.

Responsável por várias campanhas nacionais em defesa do petróleo, do ferro e da saúde, Monteiro Lobato revolucionou o mercado editorial numa época em que ainda não existia uma literatura voltada para o público infantil e juvenil ao criar sua própria editora e escrever livros voltados para todos os que não tinham acesso à literatura.

Lobato está até hoje nos corações dos brasileiros através das aventuras de uma turma bem alegre e arteira, que adora se meter em grandes aventuras e confusões: a turma do Sítio do Picapau Amarelo.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Todo dia é Dia de Índio!

Hoje, dia 19 de abril é comemorado o Dia do Índio. Particularmente, acho que o dia desse povo tão rico culturalmente é todo dia. Todos temos a obrigação de repensar o assunto, respeitar essa cultura tão linda e rica, esse povo tão injustiçado. Vamos aproveitar a data e refletir um pouco sobre o assunto.

Mas, deixando opiniões de lado, você sabe por que o Dia do Índio é comemorado em 19 de abril?


O Dia do índio, 19 de abril, foi criado pelo presidente Getúlio Vargas através do decreto-lei 5540 de 1943, e relembra o dia, em 1940, no qual várias lideranças indígenas do continente resolveram participar do Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, realizado no México. Eles haviam boicotado os dias iniciais do evento, temendo que suas reivindicações não fossem ouvidas pelos "homens brancos". Durante este congresso foi criado o Instituto Indigenista Interamericano, também sediado no México, que tem como função zelar pelos direitos dos indígenas na América. O Brasil não aderiu imediatamente ao instituto, mas após a intervenção do Marechal Rondon apresentou sua adesão e instituiu o Dia do Índio no dia 19 de abril. O dia do Índio tem como função relatar os direitos indígenas e faz com que o povo brasileiro saiba da importância que eles tem na nossa história.

Como nosso blog é um blog voltado para leitura e literatura, não posso deixar de lembrar de um grande escritor indígena que deixa todos nós apaixonados pela sua obra. São várias publicações contando um pouco da sua cultura, suas vivências, valores, imaginário. Quem é? Daniel Munduruku. Já tive a oportunidade de fazer um mini curso com ele e posso dizer que foram aulas fantásticas, enriquecedoras, estimulantes. Vamos conhecer um pouco sobre ele?




Eu nasci...

em Belém, no Pará. Cresci na aldeia Munduruku chamada Katõ, no interior do estado. Tenho um nome indígena que não posso contar qual é. Ele é sagrado, carrega consigo o espírito de um antepassado meu. Só pode ser dito pessoalmente, e para quem eu quiser. É bom que ele não circule para honrar esse antepassado. Aí eu escolhi usar o nome Daniel, junto com Munduruku, para homenagear o meu povo.

Saí da minha aldeia...

mas foi só fisicamente. Um cantinho do meu coração ficou por lá para sempre. Eu era muito curioso e quando tinha 15 anos falei com meus pais e eles permitiram que eu andasse por outros caminhos. Mas sempre que posso, visito meus parentes no Pará.

Quando percebi...

virei escritor. Queria que as crianças conhecessem mais os indígenas e não sabia como fazer isso, até que um dia... Buuuuum! Aconteceu: escrevi meu primeiro livro. Depois, espalhei histórias pelo mundo. Visitei a Europa e a América do Sul.

VIDA NA ALDEIA:

As crianças... inventam seus próprios jogos. Uma brincadeira legal é correr no mato imitando bichos e pássaros. Também gostam de brincar de pega-pega no rio. Elas podem caçar, pescar e... jogar futebol!

A dança da chuva... existe, mesmo. Há certas pessoas que conhecem os rituais para falar com o espírito da chuva e convencê-lo a mandar a chuva do céu. Para os povos indígenas, todas as coisas têm espírito e isso vale também para a água e a chuva.

Na hora do aperto... fazemos cocô no mato. Depois tampamos com terra e folhas das árvores e corremos para o rio, para tomar banho. Pode parecer estranho, mas é higiênico e ajuda a manter a natureza, afinal não precisamos derrubar árvores para fazer papel higiênico.

Não temos festa de aniversário... não é nosso costume. Por que festejar o aniversário de uma pessoa em só um dia quando todos os dias são especiais?

DICAS DE LIVROS:

Parece que Foi Ontem – Kapusu Acum Ajuk. Escrito em português e em munduruku, ensina muitas palavras no idioma indígena.

As Serpentes que Roubaram a Noite. É a lenda Munduruku preferida de Daniel.

Meu Vô Apolinário Um Mergulho no Rio da (Minha) Memória. É o livro preferido de Daniel, e foi escrito por ele em homenagem ao seu avô – que gostava muito de ser índio.

(Entrevista concedida à Revista Recreio)

Quer saber mais sobre o autor e sua cultura? Visite Daniel Munduruku

"Quando o velho terminou de falar, um vento forte e estranho soprou acima da nossa cabeça, trazendo um tremor ao nosso corpo já um pouco cansado. Foi um vento bem esquisito aquele que apagou as lamparinas que estavem sobre a mesa. Ficamos assustados, e alguns aproximaram-se do velho, que a todos acolhia." (Trecho de As serpentes que roubaram a noite e outros mitos. Daniel Munduruku)




Na Sala de Leitura temos vários livros de Munduruku. Ficou curioso para conhecer? Procure a SL e leia bastante. Apaixone-se por esse universo!



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