Nasceu na cidade de João Pessoa, Paraíba, no dia 16 de junho
de 1927, filho de João Urbano Pessoa de Vasconcelos Suassuna e Rita de Cássia
Dantas Villar. Fez o curso primário no município de Taperoá, PB. Em 1942, a família Suassuna se
transfere para o Recife e Ariano vai estudar no Ginásio Pernambucano e depois
no Colégio Oswaldo Cruz.
Em 1946, entrou para a Faculdade de Direito do Recife, onde
conheceu um grupo de escritores, atores, poetas, romancistas e pessoas
interessadas em arte e literatura, entre os quais, Hermilo Borba Filho, com o
qual Ariano fundou o Teatro de Estudantes de Pernambuco. Concluiu o curso de
bacharel em
Ciências Jurídicas e Sociais em 1950.
Em 1947, escreveu sua primeira peça de teatro, Uma mulher
vestida de sol, baseada no romanceiro popular do Nordeste brasileiro e com ela
ganhou o prêmio Nicolau Carlos Magno, em 1948.
No dia 19 de janeiro de 1957, casa-se com Zélia de Andrade
Lima, com a qual teve seis filhos: Joaquim, Maria, Manoel, Isabel, Mariana e
Ana.
Foi membro fundador do Conselho Federal de Cultura, do qual
fez parte de 1967 a
1973 e do Conselho Estadual de Cultura de Pernambuco, no período de 1968 a 1972.
Foi nomeado, em 1969, Diretor do Departamento de Extensão
Cultural da Universidade Federal de Pernambuco - UFPE, ficando no cargo até
1974. Lança no dia 18 de outubro de 1970 o Movimento Armorial, com o concerto
Três séculos de música nordestina: do barroco ao armorial, na Igreja de São
Pedro dos Clérigos e uma exposição de gravura, pintura e escultura.
De 1975 a
1978 foi Secretário de Educação e Cultura do Recife. Doutorou-se em História
pela Universidade Federal de Pernambuco, em 1976. Foi professor da UFPE por 32
anos, onde ensinou Estética e Teoria do Teatro, Literatura Brasileira e
História da Cultura Brasileira.
Em agosto de 1989, foi eleito por aclamação para a Academia
Brasileira de Letras, tomando posse em maio de 1990, na cadeira número 32, que
pertenceu ao escritor Genolino Amado. Dramaturgo, romancista, poeta, ensaísta,
defensor incansável da cultura popular, das raízes brasileiras e, especialmente
nordestina, é autor de várias obras:
Uma mulher vestida de sol (1947): O desertor de Princesa
(1948); Os homens de barro(1949, inédita); Auto de João da Cruz (1949); O arco
desabado (1952); Auto da Compadecida (1955); O santo e a porca (1957); O
casamento suspeitoso (1957); A pena e a lei (1959); Farsa da boa preguiça
(1960); A caseira e a Catarina (1962); Romance d´a pedra do reino e o príncipe
de Sangue do Vai-e-Volta (1971, traduzida para o inglês, alemão, francês,
espanhol, polonês e holandês).
Fontes consultadas:
MEMORIAL do imperador d `A pedra do reino. Jornal do
Commercio, Recife, 15 jun. 1997. Especial, p.2.
SOUTO MAIOR, Mário. Dicionário de folcloristas brasileiros.
Recife: 10-10 Comunicação e Editora, 1999. p.31.
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