Maria Silva, a nossa margarida-modelo! |
Mas de onde vem esse nome?
A maioria dos brasileiros - e até mesmos muitos dos que
trabalham no setor - desconhecem como eles foram incorporados ao dia-a-dia pela
população. Mas essa dúvida termina quando é preciso identificar um coletor, que
remove o lixo, ou uma varredora, que limpa as ruas. Aí é só chamar o gari ou a
margarida e tudo se resolve.
A palavra gari vem do nome de Pedro Aleixo Gari que, durante
o Império, assinou com a Corte brasileira o primeiro contrato de limpeza urbana
no Brasil. Aleixo costumava reunir no Rio de Janeiro, cidade onde morava,
funcionários para limpar as ruas após a passagem de cavalos, o que nessa época era
muito comum.
Os cariocas se acostumaram com esse trabalho e sempre
mandavam chamar a "turma do Gari" para executá-lo. Aos poucos e de
tanto repeti-lo, a população da cidade associou o sobrenome de Aleixo Gari aos
funcionários que cuidam da limpeza das ruas. Assim, o nome gari se espalhou
para o restante do País.
Em homenagem a ele a Comlurb mantém em Campo Grande , no Rio
de Janeiro, uma fábrica de utensílio para limpeza urbana que leva o nome de
fábrica Aleixo Gari.
E as mulheres, são garis? Não!
No início da década de 70, havia carência de mão-de-obra
masculina em São Paulo
para serviços de varrição, já que os melhores profissionais eram requisitados
pelas empresas responsáveis pela construção do metrô.
Naquela época, o então gerente da filial Piracicaba, José
Mauro Porto, foi designado pela diretoria de Operações da VEGA para incluir as
mulheres no serviço de limpeza pública. A experiência pioneira foi feita com
absoluto sucesso e, logo em seguida, repetida em outras regiões, na Capital.
Antes mesmo de o teste ser feito em São Paulo , havia uma preocupação em encontrar um
nome popular que servisse de alternativa aos já tradicionais, como varredora e
servente.
Pensou-se na cor branca, que é sinônimo de limpeza, e na
flor, que representa a mulher. Imediatamente, margarida foi considerada o mais
adequado, inclusive porque nesse nome está contida a palavra gari. Dias depois,
a mídia e a sociedade em geral aceitaram - e elogiaram - o ingresso da mulher
na nova atividade profissional junto com seu apelido de trabalho.
* Aproveitando o tema, vamos saber mais algumas coisas sobre o lixo, material com que os nossos garis trabalham:
A palavra lixo é proveniente do latim lix, que significa
cinza ou lixívia, ou do verbo lixare, que significa polir, desbastar, arrancar
o supérfluo.
Os mais diversos serviços públicos e particulares do mundo
utilizam-se do mesmo código de cores para identificar materiais componentes da
fração seca do lixo, como papéis e papelão, metais, vidros e plásticos.
O código obedece ao padrão que segue:
amarelo - cor utilizada para identificar metais, caso do
alumínio, latas limpas e sucata em geral;
azul - para identificar papéis, incluindo todas as
modalidades de papel e de papelão, cartolinas, jornais, revistas e embalagens;
vermelho - para identificar plásticos, como os plásticos
duros, potes, sacos e garrafas;
verde - para identificar os vidros, caso das garrafas,
frascos, potes, cacos e recipientes em geral.
* Vamos às dicas:
Você sabia que cada tonelada de papel reciclado evita, em
média, a derrubada de 16 a
30 árvores?
O processo de reciclagem compreende a recuperação e a
conversão de materiais residuais em novos produtos. Reaproveitando materiais já
elaborados (como sucata de metal, papel e papelão, vidro, plástico e inclusive
a parte orgânica do lixo), promovemos a conservação dos recursos naturais, a
economia de energia e preservamos a capacidade dos aterros sanitários.
EMBALAGENS:
- Adquira produtos a granel. Produtos embalados são na
maioria dos casos mais caros.
- Prefira as embalagens recicláveis.
- Dê preferencia para embalagens que indicam procedência
correta do produto.
- Opte pelas marcas que informam a composição da embalagem
dos seus produtos.
- Evite produtos cujos recipientes não podem ser retornados
ao seu local de venda.
- Utilize produtos com refil.
- Evite o isopor, essa substância é altamente tóxica.
- Não aceite que produtos alimentares sejam embrulhados em
jornais, o contato do alimento à tinta de impressão possui elementos químicos
prejudiciais à saúde.
PILHAS:
As pilhas não devem ser encaminhadas para a coleta, pois
contêm metais nocivos a saúde e podem contaminar o composto orgânico.
Algumas alternativas são:
- Encaminhem aos fabricantes. Eles são responsáveis pela
destinação do produto.
- Reduza o consumo de pilhas, use adaptador para corrente
elétrica.
PAPEL:
Um grande número de lixo produzido nas residências
brasileiras é constituído pela abundância de papéis.
Podemos minimizar adotando alguns procedimentos:
- Dar preferência por materiais fabricados com papel
reciclado.
- Utilizar o máximo de papel disponível.
- Reaproveitar ao máximo envelopes, caixa de papelão, papel
de xerox, etc.
- Participar de programas de coleta seletiva.
VIDRO:
O vidro é um material notável que proporciona diversas
vantagens e pode ser devolvido e reutilizado sem limites.
Como podemos reaproveitá-lo:
- Reutilizar garrafas como recipientes para guardar pregos,
botões, pequenos objetos etc.
- Encaminhar para instituições que mantêm cursos de
lapidação em vidro.
- Tendo que optar entre embalagens de vidro ou de plástico,
opte pelo vidro.
- Participar de programas de coleta seletiva.
PLÁSTICO:
Além de ser um subproduto de um recurso natural, não
renovável, o petróleo, constitui uma substância que, quando abandonada no meio
natural, torna-se um poderoso poluente de difícil degradação.
É possível minimizar o problema:
- Evitando os produtos fabricados com plástico usando
similares feitos com outros materiais.
- Utilizando ao máximo seus objetos de plástico. Evite criar
lixo com esta origem.
- Evitando o uso de sacos plásticos de supermercado. Use
sacolas de pano.
- Participe dos programas de coleta seletiva.
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